Em relação à decisão do Ministério da Educação de permitir que os alunos que realizem exame de química ou física do programa novo o utilizem para a primeira fase de candidatura tenho algumas dúvidas existenciais que gostaria de ver esclarecidas:
1 - Será que esta situação de discriminação positiva se deve ao facto de um em cada quatro alunos que realizaram o exame de química programa novo terem tido nota abaixo de 7,5, ou estará relacionado com o facto de alguns alunos que tinham a intenção de se candidatar a medicina terem tido 15 valores, o que os impede de formular a candidatura??
2 - Como é que ficam os alunos que deixaram quimica para segunda fase porque não existia prova modelo, assumindo o risco de, no caso de chumbarem, ficarem mais um ano no 12ºano?
3 - Porque é que os alunos que estão há um ou dois anos a tentar entrar no curso que desejam, e que foram obrigados a fazer exame do programa antigo pois, caso contrário, não contaria a nota para efeitos de melhoria da classificação do Ensino Secundário, não podem utilizar a melhor nota já que o facto de estarem a tentar novamente acarreta um acréscimo de pressão motivado pela frustração do ano anterior? Afinal a maioria destes alunos não entraram nos cursos que desejavam porque um dos exames que realizaram o ano passado (quer matemática em primeira fase quer química em segunda) eram comparáveis a programas novos (já que nunca ninguém tinha visto exames nacionais como aqueles)...
4 - Se um em cada quatro alunos teve menos de 7,5 a química entao 1 em cada 4 alunos deve ter tido menos de 5 a matemática, mas não há discriminação positiva a matemática... Será porque matemática não é especifica para medicina e portanto não faz tanta diferença ter menos de 16 ou 14 (conforme as faculdades) para concorrer?
5 - Se a discriminação positiva é motivada pelo facto de Quimica e física terem programa novo, então Biologia também tem e, assim sendo, também deveria contar a melhor nota não? Será que o facto de não contar tem alguma relação com os dezanoves e vintes que estavam na pauta?
6 - Se o GAVE errou fazendo um exame demasiado difícil ou desajustado, ou se deveria ter feito uma prova modelo que pudesse orientar professores e alunos ao longo do ano, ou se fez um calendário de exames muito carregado (engraçado, parece-me que já tinha previsto um tsunami nos Exames Nacionais num post anterior..) será correcto remediar um erro com outro ainda maior?? Exames difíceis e longos têm marcado a existência do GAVE e não me recordo de nenhuma medida posterior a estes que fosse além de um simples: «azar!». Depois, reformas curriculares já houve muitas e se querem falar de erros basta relembrar o Exame Nacional de História de 2004..
Dúvidas que me atormentam entre duas fases de exames que decidem a vida de milhares de alunos, mas que, parece-me, ficarão sem resposta..
Resta-me dizer, àqueles que possam pensar que estou a advogar em causa própria, que, como gosto de fugir às médias nacionais, tive 18,5 no Exame de Química e deixei Biologia (programa novo) para segunda fase, já que não existia prova-modelo.. Mas vou fazer melhoria a Química e sempre quero ver se, no fim de contas, me contam a melhor nota...
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